Enquanto nos EUA vídeos de demissões bombásticas viralizam no TikTok, no Brasil o fenômeno ganhou um palco mais profissional: o LinkedIn. Funcionários insatisfeitos estão usando a rede para anunciar saídas dramáticas, expondo chefes abusivos, cobranças excessivas ou culturas corporativas tóxicas.
Mas será que vale a pena queimar o filme?
📌 OS DOIS LADOS DA MOEDA
✔️ A favor:
- Funcionários estão rompendo o tabu de sofrer calados, pressionando empresas a repensar práticas.
- Casos como o de uma profissional que denunciou um chefe “gritador” no LinkedIn geram debates sobre saúde mental no trabalho.
- A exposição pode inibir abusos em outras empresas, criando um efeito dominó de melhores condições.
❌ Contra:
- Sem seguro-desemprego ou FGTS: No Brasil, quem pede demissão perde direitos trabalhistas valiosos – um risco que muitos não podem bancar.
- Risco de blacklist: RHs compartilham informações, e um desabafo viral pode fechar portas no mercado.
- Efeito reverso: Alguns recrutadores veem revenge quitting como “falta de profissionalismo”, prejudicando a imagem do candidato.
📊 NÚMEROS QUE EXPLICAM A TENSÃO
- 54% dos brasileiros planejam trocar de emprego em 2025 (Robert Half).
- 38% das demissões no país já são pedidos de saída (dados recentes).
- 3º lugar no mundo em uso de redes sociais: ou seja, uma crítica mal calculada pode escalar rápido.
🔎 O CASO PRÁTICO
Um post no LinkedIn sobre um chefe que “humilhava a equipe” teve 5 mil likes e 500 comentários – muitos de apoio, mas alguns alertando: “E se seu próximo empregador achar que você é ‘problemático’?”.
🎯 O VEREDITO?
O revenge quitting pode ser um termômetro do mercado, mas não é uma estratégia sem riscos. Enquanto empresas temem pela reputação, profissionais precisam decidir: vale mais o desabafo ou a prudência?
Fontes: O Globo