6 em 7 – 08/04/2025

A defesa do governador Eduardo Riedel (PSDB) à anistia irrestrita para presos do 8 de janeiro acirrou os ânimos na base aliada em Mato Grosso do Sul. Bancada petista ameaça deixar o apoio ao governo na Assembleia Legislativa após declaração.

📌 O QUE RIEDEL DISSE:
Em postagem nas redes sociais, o governador afirmou que conversou com Tarcísio de Freitas (SP), Tereza Cristina (DEM) e outros líderes para revisar penas dos envolvidos nos ataques a STF, Congresso e Planalto em 2023. “Não dá para penalizar com a mesma régua o que é diferente”, argumentou, classificando a medida como “passo para a pacificação”.

⚡ A REAÇÃO DO PT:

• Gleice Jane (PT): Chamou a postura de “retrocesso perigoso” e defendeu a saída do partido da base. “PT não pode mais compor este governo”, declarou.
• Zeca do PT: Acusou Riedel de “esconder intenção” ao focar nos presos, não em “quem incentivou os atos”. “Sinto vergonha”, disparou.
• Pedro Kemp (PT): Disse que o PT deve priorizar a reeleição de Lula em 2026 e “desembarcar de um governo que apoia golpistas”.

🎤 CONTEXTO:
O projeto em discussão no Congresso, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcanti, prevê anistia até para organizadores dos atos. Riedel, que em 2023 marchou com Lula contra os ataques, agora defende “humanidade” e “agenda realista” para o país.

🔍 O QUE OBSERVAR:

• O PT manterá os 3 votos na base ou romperá formalmente?
• Haverá efeito cascata em outras bancadas?

• Riedel seguirá pressionado ou buscará mediação?

O Ibovespa viveu um pregão de volatilidade extrema nesta segunda-feira, oscilando com notícias conflitantes sobre a guerra comercial de Trump.

📉 O sobe e desce:

• Queda inicial: Índice recuava 1,74%, para 125 mil pontos, pressionado por temores de recessão global.
• Alívio passageiro: Subiu brevemente após rumor de uma pausa de 90 dias nas tarifas (exceto China), citado pelo assessor da Casa Branca.
• Reviravolta: O plano foi desmentido, e o Ibovespa retomou a queda, embora acima da mínima do dia (123.876 pontos).

💥 Gatilhos:

• Trump ameaçou tarifa extra de 50% contra a China se Pequim não retirar sobretaxas de 34% sobre produtos EUA.
• Analistas do BB Investimentos alertam: rompimento de suportes históricos (126,8 mil pontos) pode aprofundar tendência de baixa.

🔍 Destaques do pregão:

• Petrobras (PETR4): -3,85%, com petróleo em queda (Brent a US$ 64) e tensões EUA-China.
• Vale (VALE3): -1,39%, refletindo minério de ferro mais fraco na China (-3,36%).
• Bancos: Itaú (ITUB4) -0,64%; Bradesco (BBDC4) -2,15%. BTG (BPAC11) foi exceção (+0,18%).
• Ambev (ABEV3): -4,01% após dados Nielsen mostrarem queda de 3,5% em volumes de cerveja.

🌎 Contexto global:
S&P 500 recuava 2,1%, enquanto o dólar subia para R$ 5,92. Mercados aguardam próximos capítulos da guerra tarifária.

(E por que um vídeo de 1987 virou arma na guerra comercial atual)

O QUE ESTÁ ROLANDO?

A embaixada chinesa nos EUA soltou um throwback político nesta segunda (7/4): um clipe de Ronald Reagan, em 1987, criticando tarifas protecionistas. O timing não é coincidência — dias depois de Trump anunciar taxas de 34% sobre produtos chineses e ameaçar subir para 50%.

📌 O que Reagan diz no vídeo?

• Tarifas “matam a competitividade”: indústrias ficam dependentes do governo e param de inovar.
• Retaliação é inevitável: guerras comerciais levam a preços altos e menos consumo.
• Efeito dominó: citou a tarifa Smoot-Hawley (1930) como fator que piorou a Grande Depressão.

(O vídeo corta partes em que Reagan justificava tarifas contra o Japão na época — mas mantém o recado geral contra protecionismo.)

CONTEXTO IMEDIATO

• Trump acusa a China de “explorar” os EUA e quer taxar US$ 300 bi em importações.
• Pequim já retaliou com tarifas equivalentes e agora usa Reagan (um Republicano como Trump) para contra-argumentar.

POR QUE ISSO IMPORTA?

• Mercados em alerta: guerras comerciais tendem a aumentar inflação e atrapalhar cadeias globais.
• Jogo de narrativas: a China tenta mostrar que até ícones conservadores dos EUA já alertaram sobre os riscos do que Trump está fazendo.

📊 DADO CHAVE:
Em 1930, a tarifa Smoot-Hawley elevou impostos sobre 20 mil produtos — e o comércio global caiu 66% em 4 anos. (Fonte: Peterson Institute)

🔍 O QUE VEM POR AÍ?
Se a China retaliar com mais tarifas ou restrições a empresas americanas, a briga pode escalar para além de tweets e discursos antigos.

Enquanto nos EUA vídeos de demissões bombásticas viralizam no TikTok, no Brasil o fenômeno ganhou um palco mais profissional: o LinkedIn. Funcionários insatisfeitos estão usando a rede para anunciar saídas dramáticas, expondo chefes abusivos, cobranças excessivas ou culturas corporativas tóxicas.

Mas será que vale a pena queimar o filme?

📌 OS DOIS LADOS DA MOEDA
✔️ A favor:

• Funcionários estão rompendo o tabu de sofrer calados, pressionando empresas a repensar práticas.
• Casos como o de uma profissional que denunciou um chefe “gritador” no LinkedIn geram debates sobre saúde mental no trabalho.
• A exposição pode inibir abusos em outras empresas, criando um efeito dominó de melhores condições.

❌ Contra:

• Sem seguro-desemprego ou FGTS: No Brasil, quem pede demissão perde direitos trabalhistas valiosos – um risco que muitos não podem bancar.
• Risco de blacklist: RHs compartilham informações, e um desabafo viral pode fechar portas no mercado.
• Efeito reverso: Alguns recrutadores veem revenge quitting como “falta de profissionalismo”, prejudicando a imagem do candidato.

📊 NÚMEROS QUE EXPLICAM A TENSÃO

• 54% dos brasileiros planejam trocar de emprego em 2025 (Robert Half).
• 38% das demissões no país já são pedidos de saída (dados recentes).
• 3º lugar no mundo em uso de redes sociais: ou seja, uma crítica mal calculada pode escalar rápido.

🔎 O CASO PRÁTICO
Um post no LinkedIn sobre um chefe que “humilhava a equipe” teve 5 mil likes e 500 comentários – muitos de apoio, mas alguns alertando: “E se seu próximo empregador achar que você é ‘problemático’?”.

🎯 O VEREDITO?
O revenge quitting pode ser um termômetro do mercado, mas não é uma estratégia sem riscos. Enquanto empresas temem pela reputação, profissionais precisam decidir: vale mais o desabafo ou a prudência?

Fontes: O Globo

O Sebrae/MS e a Inpasa (maior produtora de biocombustíveis da América Latina) lançaram o projeto “Energizar Inpasa”, que vai qualificar pequenas empresas sul-mato-grossenses para integrarem a cadeia de suprimentos da multinacional. O anúncio foi feito durante o 1º Encontro de Fornecedores da Inpasa, em Campo Grande.

📌 Os números:

• 40 empresas serão selecionadas para 10 meses de consultoria.
• Cada uma receberá 50 horas de capacitação em gestão e compliance.
• O evento gerou R$ 28,5 milhões em expectativas de negócios após sessões de networking.

Próximos passos: As inscrições para o projeto estão abertas. Interessados podem buscar info no 0800 570 0800 ou ms.sebrae.com.br.