Alta no preço do diesel preocupa setor econômico e pode impactar inflação
A Petrobras confirmou um reajuste no preço do litro do diesel para as distribuidoras. A partir deste sábado (1º), o valor médio do combustível passará a ser de R$ 3,72, representando um acréscimo de R$ 0,22 por litro.
O aumento ocorre em meio a um cenário de preocupação com os reflexos no custo do transporte e no preço dos alimentos.
O novo valor será praticado nas refinarias da estatal, sendo posteriormente repassado às distribuidoras. No cálculo final ao consumidor, incidem impostos estaduais e federais, além das margens de lucro de distribuidores e postos de combustíveis.
Atualmente, o preço médio do diesel S10 nos postos gira em torno de R$ 6,17, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Além do reajuste anunciado pela Petrobras, outro fator que pressionará os preços é o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Também a partir deste sábado, o tributo estadual sofrerá uma elevação de R$ 0,06 por litro, ampliando o impacto no bolso do consumidor.
Primeira alta no preço do diesel em mais de um ano
O último aumento do diesel promovido pela Petrobras ocorreu em outubro de 2023, quando o litro passou de R$ 3,80 para R$ 4,05.
Em dezembro do mesmo ano, houve uma redução no valor, parte da nova estratégia comercial da estatal. Desde maio de 2023, a petroleira abandonou a política de paridade internacional, que vinculava os preços internos às variações do dólar e das cotações do petróleo no mercado externo.
Apesar de ser a principal fornecedora de combustíveis do país, a Petrobras não opera sozinha nesse mercado. O Brasil conta com refinarias privadas e empresas importadoras, que praticam preços próprios com base nas oscilações do setor global.
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Impacto econômico e preocupação com a inflação
O reajuste do diesel desperta atenção do governo e do setor econômico, devido à sua influência direta sobre o transporte de cargas e, consequentemente, sobre o preço dos alimentos e outros produtos essenciais.
O aumento do combustível ocorre em um momento de esforços para conter a inflação e evitar elevações significativas no custo de vida da população.
Economistas alertam que, além do impacto direto no abastecimento, o reajuste pode gerar um efeito cascata, pressionando os preços em diversos segmentos da economia.
A Petrobras, por sua vez, defende que os valores seguem critérios técnicos e refletem os custos operacionais e a dinâmica do mercado.