Petrobras participa de programa da NASA para monitorar Margem Equatorial com tecnologia avançada

Satélite Nisar vai permitir monitoramento preciso e contínuo de ecossistemas sensíveis na Margem Equatorial, fortalecendo ações ambientais e científicas da Petrobras

A Petrobras foi escolhida para integrar o Programa de Primeiros Usuários (Early Adopters) da Missão Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar (Nisar), uma iniciativa conjunta entre a NASA, agência espacial americana, e a ISRO, a organização indiana de pesquisa espacial. O objetivo é utilizar imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR) obtidas por satélite para observação detalhada da Terra, proporcionando monitoramento mais eficaz de regiões costeiras e marinhas.

O programa, previsto para ser lançado em 2025, tem foco na segurança e sustentabilidade de ecossistemas vulneráveis, como é o caso da Margem Equatorial, que abrange os estados do Amapá, Pará e Maranhão.

A Petrobras participará da missão por meio do Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ), projeto que busca mapear e atualizar dados sobre regiões sensíveis, principalmente manguezais e áreas inundáveis.

Como funciona a tecnologia Nisar?

O sistema Nisar utiliza radares de alta precisão que operam independentemente das condições climáticas. Diferente das imagens ópticas, que dependem da luz solar e são afetadas por nuvens, o radar emite sua própria energia, permitindo a captura de imagens mesmo à noite ou em dias nublados. Isso torna a tecnologia particularmente eficaz para monitorar áreas com alta cobertura de nuvens, como é comum na região amazônica.

O satélite orbita a uma altitude de 747 quilômetros e realiza imagens de um mesmo ponto da superfície terrestre a cada seis dias. Essa frequência permite um acompanhamento regular e detalhado de mudanças ambientais, como elevação do nível do mar, desastres naturais, desmatamento, movimentos de biomassa e outras transformações no ambiente terrestre e marinho.

Além disso, o Nisar é equipado com dois sensores: um da NASA, que opera na banda L, com maior capacidade de penetração em vegetação densa, e outro da ISRO, que utiliza a banda S, com maior resolução em superfícies mais próximas. Essa combinação possibilita a geração de dados completos e precisos sobre diferentes fenômenos naturais e impactos ambientais.

Impacto na Margem Equatorial

A Margem Equatorial é uma região considerada de alta sensibilidade ambiental, especialmente por abrigar manguezais e áreas inundáveis, que são ecossistemas essenciais para a biodiversidade. Essas regiões são também vulneráveis a derramamentos de óleo, sejam de origem natural ou antrópica.

Com a tecnologia Nisar, será possível realizar um monitoramento mais eficiente desses ambientes, contribuindo para a detecção precoce de riscos e o planejamento de ações de mitigacão.

O Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ), coordenado pela Petrobras em parceria com universidades e instituições de pesquisa, será responsável por analisar e utilizar os dados gerados pelo satélite. O projeto busca não apenas atualizar os mapas ambientais da região, mas também garantir que as informações estejam disponíveis para órgãos ambientais, pesquisadores e a sociedade em geral.

Fonte: Agência Brasil

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