(E por que um vídeo de 1987 virou arma na guerra comercial atual)
O QUE ESTÁ ROLANDO?
A embaixada chinesa nos EUA soltou um throwback político nesta segunda (7/4): um clipe de Ronald Reagan, em 1987, criticando tarifas protecionistas. O timing não é coincidência — dias depois de Trump anunciar taxas de 34% sobre produtos chineses e ameaçar subir para 50%.
📌 O que Reagan diz no vídeo?
- Tarifas “matam a competitividade”: indústrias ficam dependentes do governo e param de inovar.
- Retaliação é inevitável: guerras comerciais levam a preços altos e menos consumo.
- Efeito dominó: citou a tarifa Smoot-Hawley (1930) como fator que piorou a Grande Depressão.
(O vídeo corta partes em que Reagan justificava tarifas contra o Japão na época — mas mantém o recado geral contra protecionismo.)
CONTEXTO IMEDIATO
- Trump acusa a China de “explorar” os EUA e quer taxar US$ 300 bi em importações.
- Pequim já retaliou com tarifas equivalentes e agora usa Reagan (um Republicano como Trump) para contra-argumentar.
POR QUE ISSO IMPORTA?
- Mercados em alerta: guerras comerciais tendem a aumentar inflação e atrapalhar cadeias globais.
- Jogo de narrativas: a China tenta mostrar que até ícones conservadores dos EUA já alertaram sobre os riscos do que Trump está fazendo.
📊 DADO CHAVE:
Em 1930, a tarifa Smoot-Hawley elevou impostos sobre 20 mil produtos — e o comércio global caiu 66% em 4 anos. (Fonte: Peterson Institute)
🔍 O QUE VEM POR AÍ?
Se a China retaliar com mais tarifas ou restrições a empresas americanas, a briga pode escalar para além de tweets e discursos antigos.