Você recebe um currículo perfeito. O candidato tem experiência impecável, passa na entrevista por vídeo sem problemas e ainda domina todas as respostas técnicas. Só tem um detalhe: ele não existe.
Parece roteiro de Black Mirror, mas é a nova realidade de empresas nos EUA – e que pode chegar ao Brasil em breve. Grandes companhias estão lidando com uma enxurrada de candidatos falsos, criados por inteligência artificial, que forjam desde diplomas até rostos em entrevistas online.
E o pior? Alguns são tão bons que chegam a ser contratados.
Como o golpe funciona
Grupos criminosos estão usando IA para criar profissionais fantasmas que se infiltram em empresas – especialmente em vagas remotas de tecnologia. Eles usam:
- Deepfakes para enganar em entrevistas por vídeo
- Documentos falsificados com perfeição digital
- Históricos profissionais inventados por chatbots
O caso mais bizarro? Um candidato chegou a passar por quatro etapas de seleção antes de ser desmascarado.
Não é só um problema de RH
O Departamento de Justiça dos EUA descobriu que mais de 300 empresas americanas contrataram, sem saber, funcionários ligados à Coreia do Norte. O dinheiro dos salários estava sendo usado para financiar programas de armas do país.
E agora?
Algumas empresas estão adotando:
- Detectores de deepfake em entrevistas
- Verificação biométrica rigorosa
- Análise de padrões de comportamento
Mas é uma corrida contra o tempo. Enquanto as empresas criam novas defesas, os golpistas já estão treinando IA para burlá-las.
O lado absurdo da história
O que mais assusta não é só o golpe em si, mas que alguns desses “funcionários fantasmas” se saíam tão bem no trabalho que os gestores ficaram na dúvida se deveriam mesmo demiti-los.
Será que no futuro vamos precisamos de “caçadores de fantasmas” profissionais para o RH?
👉 E aí, sua empresa está preparada para isso?