O Banco Central elevou a Selic em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (19), levando a taxa básica de juros para 14,25% ao ano. Essa é a maior marca desde 2016 e já era amplamente esperada pelo mercado.
A decisão foi unânime entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) e segue o planejamento traçado em dezembro, quando a autoridade monetária indicou que manteria uma postura mais rígida para conter a inflação.
Por que o BC subiu os juros?
O principal objetivo da alta da Selic é frear a inflação, que continua acima da meta estabelecida. No comunicado oficial, o Banco Central citou três fatores que influenciaram a decisão:
- Inflação persistente: O aumento de preços segue elevado e preocupa o mercado.
- Incertezas externas: A política econômica dos Estados Unidos e medidas como as tarifas de Donald Trump sobre importações geram instabilidade.
- Cenário fiscal interno: Medidas recentes do governo brasileiro, como estímulos ao consumo, levantam dúvidas sobre o controle das contas públicas.
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O que esperar agora?
O Copom já sinalizou que pode promover novos aumentos na Selic, mas em uma intensidade menor. A próxima reunião, em maio, será decisiva para entender os próximos passos da política monetária.
A alta da Selic impacta diretamente o custo do crédito, afetando financiamentos, empréstimos e o consumo no Brasil. Enquanto isso, investidores seguem atentos aos próximos desdobramentos no cenário econômico global e às decisões do governo para conter o avanço dos preços.