O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, nesta terça-feira (18), a adesão do Brasil à plataforma da Opep+, grupo que reúne países produtores de petróleo.
A decisão permite ao Brasil integrar debates internacionais sobre o setor energético e contribuir com sua experiência em biocombustíveis e outras fontes renováveis.
A participação brasileira não implica em metas obrigatórias de produção ou cortes, mas oferece acesso a informações e análises estratégicas sobre o mercado global de petróleo.
O Ministério de Minas e Energia informou que o país pretende aproveitar essa posição para incentivar o uso de recursos do petróleo no desenvolvimento de tecnologias para a transição energética.
Transição energética como foco
O Brasil pretende usar sua participação para promover fontes renováveis e o uso sustentável de recursos fósseis.
O governo também busca ingressar na Agência Internacional de Energia (IEA) e na Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), com o objetivo de compartilhar conhecimento técnico e fortalecer o setor energético nacional.
Exploração no pré-sal
O CNPE aprovou ainda a inclusão de quatro blocos de exploração no pré-sal no sistema de Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A expectativa é de investimentos superiores a R$ 500 bilhões ao longo da vida útil dos projetos, além de uma arrecadação inicial de R$ 923 milhões em bônus de assinatura.
Diversificação de matérias-primas para biodiesel
Também foi criado um Grupo de Trabalho para estudar a diversificação das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel.
Sendo, o objetivo é reduzir a dependência da soja e incluir outras culturas, como macaúba, palma e babaçu, além de ampliar a participação de agricultores familiares no setor.
A adesão à plataforma da Opep+ representa uma iniciativa para acompanhar as mudanças no mercado global de energia e discutir estratégias para a transição energética, com foco no desenvolvimento sustentável.