O preço da cesta básica subiu em fevereiro na maioria das capitais brasileiras. De acordo com o levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 14 das 17 cidades pesquisadas registraram aumento no custo dos alimentos essenciais. Somente Goiânia, Florianópolis e Porto Alegre tiveram queda nos preços.
O que mais pesou no bolso?
Se você sentiu que a compra do mês ficou mais cara, não foi impressão. Entre os itens que puxaram essa alta estão o café, o tomate e a carne bovina de primeira.
O café, por exemplo, aumentou em todas as capitais analisadas, com variações que vão de 6,66% em São Paulo a impressionantes 23,81% em Florianópolis.
As cidades onde os preços mais subiram foram Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%). Em outras palavras, quem mora nessas capitais precisou desembolsar mais para manter os produtos básicos na mesa.
Onde a cesta básica está mais cara?
No ranking das cidades com os preços mais altos, São Paulo lidera, com uma cesta custando, em média, R$ 860,53. Logo atrás vêm Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95).
Já as capitais onde a cesta custa menos estão no Nordeste: Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).
E o salário-mínimo? Dá conta?
O Dieese também calcula quanto o salário-mínimo deveria ser para cobrir as despesas básicas de uma família. Em fevereiro, o valor estimado foi de R$ 7.229,32 – isso representa 4,76 vezes o mínimo atual de R$ 1.518,00.
O cálculo leva em conta a cesta mais cara do país e considera gastos com moradia, saúde, educação, vestuário, transporte e outros itens essenciais.