Você piscou e o prejuízo dos Correios quadruplicou. Em 2023, o buraco já era fundo: R$ 597 milhões. Mas agora em 2024? A conta fechou em R$ 2,6 bilhões no negativo. O dado veio direto do Diário Oficial da União.
E o que aconteceu pra esse rombo crescer tanto?
A própria estatal explica: só 15% das mais de 10 mil unidades operam no azul. Ou seja, 85% das agências dão prejuízo. Mesmo assim, a empresa segue com a missão de levar encomendas (e cartas, pra quem ainda manda) a todos os 5.567 municípios do Brasil.
Teve também investimento: mais de R$ 830 milhões aplicados em programas de gestão e desenvolvimento. A empresa diz que sustentabilidade segue sendo prioridade — mas no balanço, o tom foi de alerta.
A receita caiu levemente, de R$ 21,67 bilhões para R$ 21,47 bilhões. A maior dor de cabeça? A queda nas compras internacionais.
A “taxa das blusinhas” (aquele imposto extra em compras acima de 50 dólares) entrou em vigor e fez as encomendas de fora caírem 11% em 2024, segundo a Receita Federal. Menos pacotes, menos grana entrando.
O resumo: mais gastos, menos receita, e uma conta que não fechou.