O governo da Espanha anunciou a proposta de reduzir a jornada de trabalho semanal de 40 para 37,5 horas, sem corte salarial.
A medida foi apresentada pela ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, e visa melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e aumentar a produtividade no país.
A proposta foi acordada com os sindicatos, mas não obteve apoio das entidades empresariais. A CEOE, confederação patronal espanhola, manifestou preocupações sobre os possíveis impactos econômicos, especialmente para as pequenas e médias empresas.
Mesmo com essa resistência, o governo espanhol levará a proposta ao Congresso, com a expectativa de que a medida seja implementada em 2026, caso seja aprovada.
Atualmente, cerca de 13 milhões de trabalhadores podem ser beneficiados pela mudança. Setores como o público e a educação já têm uma jornada de 37,5 horas semanais, e o número médio de horas trabalhadas na Espanha é de 36,4 horas, segundo dados do Eurostat.
A proposta foi apresentada como uma forma de promover um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, além de buscar a modernização das condições de trabalho no país.
Caso a redução seja aprovada, a Espanha passará a figurar entre os países com menor carga horária semanal na União Europeia.
Além de reduzir jornada de trabalho, o governo também anunciou um aumento de 4,4% no salário mínimo para 2025. A medida visa continuar com as reformas sociais, embora o governo enfrente desafios para aprovar outras leis no parlamento.