As delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia se reuniram neste domingo (23), na Arábia Saudita, para discutir medidas de proteção à infraestrutura e buscar um acordo de cessar-fogo.
A conversa faz parte de um esforço diplomático do governo de Donald Trump, que tenta negociar um cessar-fogo, especialmente no Mar Negro. O encontro antecede uma reunião direta entre representantes dos EUA e da Rússia, marcada para esta segunda-feira (24).
O enviado especial americano, Steve Witkoff, demonstrou otimismo sobre o progresso das negociações. Em entrevista à Fox News, afirmou acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, deseja um acordo de paz e que uma trégua marítima pode ser o primeiro passo para um cessar-fogo total.
Apesar das discussões, a violência segue intensa. Kyiv foi alvo de um grande ataque com drones russos, que deixou ao menos três mortos, incluindo uma criança de 5 anos. Do outro lado, Moscou afirmou ter derrubado 59 drones ucranianos, com registros de vítimas na região de Rostov.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, ressaltou que seu governo está comprometido com as negociações, mas reforçou que o fim da guerra depende de uma ordem direta de Putin para cessar os ataques. “Podemos discutir qualquer estratégia de paz, mas sem uma ordem real para parar os bombardeios, nada muda”, disse.
Os EUA trabalham para viabilizar um acordo até abril, enquanto líderes europeus demonstram preocupação com os rumos das negociações. França e Reino Unido defendem uma posição mais rígida contra Moscou, temendo que um tratado possa fortalecer a Rússia e enfraquecer o apoio militar à Ucrânia.
A reunião entre EUA e Rússia nesta segunda-feira será decisiva para os próximos passos da diplomacia e poderá indicar se um cessar-fogo real está no horizonte ou se os combates continuarão escalando.
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