Os Estados Unidos lançaram uma nova série de ataques aéreos contra alvos do grupo rebelde Houthis no Iêmen neste sábado (15), após recentes ofensivas contra embarcações no Mar Vermelho.
O presidente Donald Trump ordenou a ação militar alegando necessidade de “garantir a segurança da navegação internacional e proteger interesses americanos e aliados na região”.
Os bombardeios atingiram instalações militares e sistemas de lançamento de mísseis dos Houthis, segundo o Pentágono. O grupo, que controla parte do território iemenita e recebe apoio do Irã, respondeu classificando a operação como uma “agressão injustificada” e prometeu retaliação.
EUA justificam ataques como defesa da rota comercial
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que a campanha militar continuará enquanto houver ameaças contra navios no Mar Vermelho. “Nosso objetivo é restaurar a liberdade de navegação. Se os Houthis interromperem os ataques, a operação será encerrada”, declarou em entrevista à Fox News.
A crise na região se agravou após a escalada do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Desde então, os Houthis intensificaram ataques a navios comerciais, em protesto contra a aliança entre os EUA e Israel.
Impacto global e reações internacionais
O Irã condenou os bombardeios, alegando que violam o direito internacional. A Rússia, por sua vez, pediu que Washington e os rebeldes estabeleçam negociações para evitar mais escaladas no conflito.
O comércio marítimo global também sente os impactos da crise. O Mar Vermelho, que liga o Canal de Suez ao Oceano Índico, é uma das principais rotas para o transporte de petróleo e gás.
Com os ataques constantes, grandes companhias de navegação passaram a evitar a região, optando por desvios pelo sul da África, o que aumenta custos e prazos de entrega.
Segundo especialistas, se os ataques continuarem, a instabilidade na região pode levar a um aumento significativo nos preços globais de combustíveis e produtos importados.
LEIA:
Tesla alerta Casa Branca sobre tarifas que podem prejudicar exportações
Fonte: CNN, G1