A Câmara dos Deputados está no centro de um debate quente: o projeto que anistia condenados pelos atos de 8/1/2023. Hugo Motta, presidente da Casa, decidiu não colocar o tema em votação urgente – e a jogada tem tudo a ver com política.
O que está em jogo?
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O PL (Partido Liberal) queria acelerar a votação, com apoio de 264 deputados.
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Se aprovado, o projeto perdoaria condenações – e, indiretamente, poderia devolver a elegibilidade a Bolsonaro (hoje inelegível até 2030).
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Mas Motta segurou a pauta um dia depois de jantar com Lula. Coincidência?
Por que a polêmica?
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Governo e base aliada são contra a anistia total. Querem só rever penas “excessivas”.
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Oposição pressiona pelo perdão amplo – e alguns deputados já falam em ajustar o texto para evitar rejeição.
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Bolsonaro, que antes defendia a anistia irrestrita, agora pede foco só em quem destruiu patrimônio público.
E o próximo passo?
Sem urgência, o projeto volta a tramitar nas comissões. Para virar lei, precisa de 257 votos no plenário – um número difícil, dada a divisão na Câmara. Enquanto isso, o governo prioriza outras pautas, como a isensão do IR.
Fato curioso: Motta já se reuniu com Lula e Bolsonaro neste mês. Sinal de que o tema ainda vai esquentar.