Em uma iniciativa inédita, empresários, pesquisadores e representantes de instituições brasileiras e bolivianas participaram de uma maratona de inovação no Pantanal, que reuniu diversos setores em busca de soluções sustentáveis para comunidades da região.
A maratona de inovação no Pantanal, promovido entre os dias 10 e 14 de novembro pelo Sebrae/MS em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), fez parte das comemorações da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
A bordo de uma embarcação que percorreu o rio Paraguai, aproximadamente 50 especialistas e 39 profissionais locais atravessaram grandes distâncias para dialogar com ribeirinhos e indígenas guatós.
A meta foi entender as dificuldades enfrentadas por essas comunidades e desenvolver alternativas que atendam a questões como acesso à água potável, geração de renda e conservação ambiental. Participaram da iniciativa instituições como a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Embrapa Pantanal, além de startups e organizações que atuam em desenvolvimento sustentável.
Durante o percurso, os participantes receberam sete desafios principais, relacionados a temas críticos para a região: saneamento básico, bioeconomia, mitigação de incêndios, mobilidade, integração regional, apoio a catadores de isca e novas soluções territoriais.
Cada grupo teve a missão de propor iniciativas que fossem viáveis e adequadas à realidade do Pantanal, considerando suas particularidades ambientais e culturais. O formato da maratona foi pensado para oferecer uma imersão real nos desafios locais, promovendo um contato direto entre especialistas e moradores, que apresentaram demandas e expectativas sobre possíveis soluções.
Entre os projetos apresentados, três se destacaram pela viabilidade e potencial de impacto. O primeiro colocado, intitulado “Quem arrISCA, não PetISCA”, propôs uma solução para armazenamento de iscas, essencial para a economia local.
Em segundo lugar, o projeto Pantevap abordou o saneamento básico, com o intuito de melhorar a qualidade de vida e a saúde dos moradores. Já o terceiro projeto, HIP, trouxe soluções colaborativas para a integração de iniciativas locais.
Com essa iniciativa, a maratona promoveu um ambiente de colaboração entre especialistas, investidores e a comunidade local, trazendo à tona a importância de se desenvolver alternativas que respeitem o ecossistema pantaneiro e possam ser implementadas em longo prazo.