Os números do primeiro trimestre de 2025 sugerem que sim. O estado fechou os primeiros três meses do ano com um superávit comercial de US$ 1,83 bilhão – um crescimento de 13,7%.
As exportações chegaram a US$ 2,51 bilhões, impulsionadas por três produtos que dominaram mais de 75% das vendas: celulose, soja e carne bovina.
📈 O que impulsionou o recorde?
- Carne bovina: Um salto de 34,4% em valor (US$ 338,8 milhões) e um recorde histórico em volume (67,1 mil toneladas). O estado espera um novo impulso quando conseguir a certificação de área livre de febre aftosa ainda este ano.
- Celulose: Virou o carro-chefe das exportações (36,6% do total), com crescimento explosivo de 112,8% – graças à nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, já operando em capacidade máxima.
- Soja: Apesar de ainda estar no início da safra, já responde por 25,5% das exportações. A expectativa é que os embarques aumentem a partir de abril, principalmente pelo Porto de Paranaguá.
🌍 Para onde estão indo os produtos?
A China continua sendo o maior comprador (47% do total), seguida pelos EUA (5,5%) e Países Baixos (4,3%). Um ponto de atenção: ainda não há impacto visível da nova tarifa de 10% imposta por Trump sobre produtos brasileiros – algo que pode afetar as vendas de carne bovina nos próximos meses.
⚡ E as importações?
O estado trouxe mais gás natural (33,8%), caldeiras (15,8%) e cobre (7,9%) – insumos essenciais para a indústria local.
📍 Quem mais exportou?
- Três Lagoas lidera (24% do total), seguida por Ribas do Rio Pardo (14,8%) – graças à celulose – e Dourados (8,4%), polo agropecuário.
🔮 O que vem por aí?
Com a China mantendo demanda forte e a soja entrando no pico de exportação, o estado pode fechar 2025 com números ainda mais altos. Mas o cenário com os EUA ainda é uma incógnita.
Fonte: Semadesc (março/2025).
