Mato Grosso do Sul encerrou o ano de 2024 com a taxa de desocupação em 3,9%, o menor índice registrado desde o início da série histórica, em 2012.
O estado se destaca nacionalmente, ficando entre as unidades federativas com os menores percentuais de desemprego, atrás apenas de Mato Grosso (2,6%) e Santa Catarina (2,9%).
A taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul reflete a expansão de setores estratégicos da economia e a forte demanda por mão de obra qualificada.
O mercado de trabalho sul-mato-grossense mostrou uma trajetória de recuperação consistente nos últimos anos, reduzindo significativamente o desemprego após os impactos da pandemia.
Em 2023, a taxa de desocupação foi de 4,7%, o que já indicava um movimento positivo. O desempenho de 2024 reforça essa tendência, impulsionado pelo crescimento nos setores agroindustrial, de construção civil e de serviços, além da ampliação de investimentos em infraestrutura e inovação tecnológica.
Setores impulsionam geração de emprego
A agroindústria, tradicional motor econômico do estado, foi um dos principais responsáveis pela queda na taxa de desocupação. O setor registrou um aumento expressivo nas contratações, especialmente nas cadeias de soja, milho e pecuária.
O crescimento da indústria frigorífica, com a ampliação de plantas industriais e o aumento das exportações, também contribuiu significativamente para a geração de empregos formais.
O setor da construção civil seguiu a mesma trajetória, impulsionado por obras públicas de infraestrutura e projetos imobiliários.
Cidades como Campo Grande, Dourados e Três Lagoas foram destaques, atraindo investimentos e abrindo novas frentes de trabalho. O segmento de serviços, por sua vez, acompanhou o crescimento da renda e do consumo, especialmente no comércio e no turismo regional.
Informalidade abaixo da média nacional
Outro dado positivo para o estado foi o índice de informalidade. Mato Grosso do Sul registrou uma taxa de informalidade de 34,5% da apopulação ocupada, número inferior à média nacional, que ficou em 39%.
O cenário aponta para uma maior formalização do mercado de trabalho, resultado de iniciativas de capacitação profissional e incentivos fiscais para empresas que promovem a contratação com carteira assinada.
Desafios e perspectivas
Apesar dos números positivos, especialistas alertam para a necessidade de manter o ritmo de investimentos e qualificação da mão de obra.
O crescimento do agronegócio demanda profissionais cada vez mais especializados, principalmente em tecnologias agrícolas. Além disso, o setor de tecnologia da informação tem se expandido e exige políticas de formação de novos talentos.
Para 2025, a expectativa é de continuidade no crescimento, com a ampliação de parques industriais e o fortalecimento das exportações, especialmente para o mercado asiático.
O governo estadual já anunciou novos programas de capacitação e investimentos em infraestrutura logística para sustentar o bom desempenho econômico.