A Nasa e a SpaceX iniciaram nesta segunda-feira (17) uma operação delicada para trazer de volta os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, que ficaram presos na Estação Espacial Internacional (ISS) por nove meses.
A missão de resgate acontece após problemas técnicos com a cápsula Starliner, da Boeing, que deveria ter trazido a dupla de volta à Terra em poucos dias.
O foguete Falcon 9, da SpaceX, partiu do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, na sexta-feira (14), levando a Crew-10, a nova equipe que substituirá Wilmore e Williams.
O objetivo é garantir que os astronautas retornem em segurança a bordo da cápsula Crew Dragon, também da SpaceX.
Uma estadia inesperada
Wilmore e Williams foram enviados à ISS em junho de 2024 como parte da missão Crew-9, inicialmente programada para durar oito dias. No entanto, falhas detectadas no sistema de propulsão da Starliner fizeram com que a Nasa adiasse repetidamente o retorno.
“Nossa prioridade sempre foi a segurança dos astronautas. Avaliamos todas as possibilidades antes de tomar essa decisão”, afirmou Steve Stich, gerente do programa de tripulação comercial da Nasa.
A dupla permaneceu na ISS auxiliando nas pesquisas científicas e na manutenção do laboratório orbital, enquanto aguardava uma solução. Apesar da longa espera, a Nasa garantiu que eles estavam seguros durante todo o período.
A jornada de volta
A operação de retorno começou às 2h05 desta terça-feira (18), quando a Crew Dragon se desacoplou da ISS. A partir desse momento, a viagem até a Terra tem duração prevista de 17 horas.
A Nasa interrompeu temporariamente a transmissão das imagens, mas a cobertura será retomada por volta das 17h45, no momento da manobra de entrada na atmosfera terrestre.
O pouso final, conhecido como “splashdown”, está previsto para ocorrer às 18h57, com a cápsula caindo sobre o oceano. O local exato do pouso ainda depende das condições climáticas.
Próximos passos
A Nasa e a SpaceX continuarão monitorando cada etapa do retorno dos astronautas até a chegada em solo. Assim que forem resgatados, Wilmore e Williams passarão por avaliações médicas antes de serem liberados para voltar à rotina na Terra.
A missão Crew-10, que os substitui na ISS, permanecerá no espaço pelos próximos meses, dando continuidade às experiências e manutenções na estação.
Enquanto isso, a Boeing continua investigando os problemas da Starliner, buscando soluções para evitar que situações como essa se repitam no futuro.