O preço do café arábica atingiu um recorde em fevereiro, alcançando o maior patamar das últimas três décadas. A alta se deve à escassez de estoques, ao aumento da demanda e às condições climáticas que afetam a produção brasileira.
Recorde de preço do café arábica
Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), indicam que a saca de 60 quilos do café arábica tipo 6 foi cotada a R$ 2.769,45, o maior valor registrado desde o início da série histórica, em 1996.
Desde janeiro, o preço do produto já subiu mais de R$ 500 por saca.
A escassez de estoques no Brasil e no mercado internacional tem sustentado a alta dos preços. Além disso, a previsão para a safra 2025/2026 indica uma produção menor devido a condições climáticas adversas.
Demanda aquecida
Mesmo com o aumento dos preços, a demanda pelo café arábica segue elevada. Segundo o Cepea, o calor intenso e a falta de chuvas têm prejudicado a qualidade e o rendimento da safra.
Temperaturas mais amenas à noite são essenciais para o desenvolvimento do grão, o que não tem ocorrido com regularidade neste período.
Perspectivas para o mercado
A tendência de alta nos preços do café arábica deve continuar até a chegada da nova safra ao mercado, prevista para junho. Até lá, os estoques devem permanecer baixos, enquanto as condições climáticas seguem impactando a oferta global.
O cenário é monitorado por investidores e produtores, pois os valores elevados podem impactar diretamente o mercado e o preço final do produto.