Um projeto arqueológico desenvolvido em Mato Grosso do Sul, com financiamento da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect) e execução pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), está entre os candidatos à certificação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A certificação reconhece iniciativas que promovem desenvolvimento sustentável e preservação do patrimônio cultural e natural.
O projeto, denominado Trilha Rupestre: Inovações e Tecnologias Sociais na Bioeconomia Local, propõe a criação de uma rota educacional que interliga municípios com sítios arqueológicos de pinturas rupestres.
O objetivo é fortalecer a bioeconomia local, promovendo conhecimento sobre a história regional e incentivando atividades sustentáveis que possam gerar renda para as comunidades envolvidas.
A iniciativa está em análise para receber o selo do programa UNESCO-MOST BRIDGES, que é uma rede internacional voltada à integração da ciência com a formulação de políticas para soluções sociais e ambientais.
Caso receba a certificação, o projeto será um dos primeiros do Brasil a integrar essa rede, ampliando sua visibilidade e colaboração com pesquisadores e especialistas internacionais.
O projeto conta com um investimento de R$ 500 mil, por meio do edital Fundect/UFMS Nº 29/2021, e abrange os municípios de Alcinópolis, Bandeirantes, Campo Grande, Chapadão do Sul, Corguinho, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Jaraguari, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo, São Gabriel do Oeste e Sonora.
Essas regiões reúnem mais de 740 sítios arqueológicos catalogados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), compondo um dos principais conjuntos de arte rupestre do Brasil.
A estrutura da Trilha Rupestre está baseada em seis eixos temáticos: alimentação, arqueologia, arquitetura, arte cerâmica, botânica, geopaleontologia e turismo.
A proposta busca transformar esses elementos em oportunidades econômicas sustentáveis, gerando produtos e serviços que possam beneficiar as populações locais.
Caso receba a certificação da UNESCO, o projeto ganhará reconhecimento internacional e ampliará suas possibilidades de parcerias científicas e investimentos.
Além disso, a certificação reforça a contribuição da iniciativa para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, promovendo a conservação do patrimônio histórico e cultural de forma integrada ao desenvolvimento social e econômico da região.
Fonte: Fundect