O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou, nesta terça-feira (25), que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, será substituída por Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais.
Padilha, que já havia comandado a pasta entre 2011 e 2014, tomará posse como novo titular do Ministério da Saúde no próximo dia 6 de março.
Em comunicado oficial, o Palácio do Planalto destacou que o presidente Lula agradeceu a Nísia pelo trabalho realizado à frente do Ministério da Saúde. O governo enfatizou que a escolha de Padilha visa dar continuidade às políticas de saúde pública desenvolvidas no governo anterior.
Alexandre Padilha assume o Ministério da Saúde
Alexandre Padilha, médico infectologista, tem uma trajetória política consolidada. Formado pela Universidade de São Paulo (USP) e com doutorado em Saúde Pública pela Universidade de Campinas (Unicamp), Padilha tem experiência tanto na área de saúde quanto na gestão pública.
Durante sua atuação como ministro da Saúde nos governos de Dilma Rousseff, foi responsável por importantes iniciativas, como o programa Mais Médicos e a expansão do programa Farmácia Popular.
Atualmente, ele ocupa o cargo de ministro das Relações Institucionais no governo Lula.
Despedida de Nísia Trindade
Antes da oficialização da mudança ministerial, Nísia Trindade participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde anunciou a produção de uma vacina contra a dengue, desenvolvida de forma 100% nacional e de dose única.
Essa vacina será produzida em larga escala a partir de 2026. Nísia também destacou que, sob sua gestão, o Ministério da Saúde alcançou resultados importantes, como o aumento da cobertura vacinal e a distribuição gratuita de medicamentos através do programa Farmácia Popular.
O Peso do Centrão
A mudança no comando do Ministério da Saúde segue o roteiro das últimas trocas ministeriais do governo Lula, que têm sido moldadas por uma necessidade de ajustar a equipe para garantir apoio político.
Com o objetivo de assegurar votos no Congresso e evitar turbulências políticas, o presidente tem cedido espaço para partidos do Centrão, uma coalizão política conhecida por sua força no Parlamento.
No Ministério da Saúde, que detém o maior orçamento da Esplanada, a pressão política é ainda maior.
A expectativa é que Padilha, com sua experiência e habilidade política, consiga atender às demandas dos parlamentares, ao mesmo tempo em que mantém o foco em fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e acelera programas importantes, como o Mais Especialidades, uma iniciativa para ampliar o acesso da população a serviços de saúde especializados.
A transição de Nísia para Padilha
A mudança no comando do Ministério da Saúde ocorre em um momento importante para o setor, com desafios como a ampliação da vacinação e a continuidade da reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Alexandre Padilha assumirá o cargo com a tarefa de dar sequência aos projetos e programas implementados nos últimos anos, além de enfrentar novos desafios para melhorar o acesso à saúde para a população brasileira.