O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (27) a imposição de novas tarifas sobre produtos importados do México, Canadá e China, em um movimento que promete intensificar tensões comerciais e diplomáticas.
Segundo o governo, a tarifa de 25% sobre mercadorias mexicanas e canadenses entrará em vigor na próxima terça-feira (4). Além disso, uma taxa adicional de 10% será aplicada a produtos chineses, ampliando sanções já em vigor.
A decisão ocorre em meio a disputas comerciais entre Washington e Pequim e pressão para conter a entrada de substâncias ilegais nos EUA.
Fontes do governo indicam que as tarifas são parte de uma estratégia mais ampla para frear o contrabando de fentanil, substância ligada a milhares de mortes por overdose no país. Dados oficiais apontam que, em 2023, opioides sintéticos como o fentanil foram responsáveis por aproximadamente 73 mil óbitos nos EUA.
As novas tarifas também coincidem com a abertura das reuniões parlamentares anuais da China, um evento estratégico em que Pequim define suas prioridades econômicas.
A medida imposta por Trump adiciona pressão sobre a China, que agora tem menos de uma semana para formular uma resposta ou estabelecer contramedidas.
O governo americano já vinha adotando uma postura mais rigorosa em relação ao comércio internacional, especialmente contra países que impõem tarifas sobre produtos dos EUA. Em sua conta na rede social Truth Social, Trump afirmou que a decisão tem como objetivo proteger a economia americana e reduzir o impacto de práticas comerciais consideradas desleais.
A imposição das novas tarifas gerou preocupação entre parceiros comerciais e setores empresariais. No México, autoridades econômicas buscam soluções diplomáticas para evitar impactos negativos na relação comercial com os EUA.
No Canadá, membros do governo reforçaram que medidas de segurança já foram tomadas para combater o tráfico de substâncias ilegais, buscando convencer Washington a reconsiderar as tarifas.
Já a China, por meio de um comunicado oficial, defendeu que as questões comerciais entre Pequim e Washington devem ser resolvidas por meio do diálogo e consultas igualitárias. A expectativa é que o governo chinês apresente uma resposta oficial nos próximos dias.
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